Brasil e o Mundo Globalizado
Abrindo
a Economia no Brasil
Foi
por volta de 1990 que o Brasil reduziu os impostos de importação, e os produtos
importados passaram a entrar de forma bem ampla no mercado brasileiro. A oferta
de produtos cresceu, e os preços permaneceram os mesmos ou caíram; esses
produtos importados passaram a tomar o espaço das industrias nacionais, que
foram obrigadas a fechar. A balança comercial acumular déficits por vários anos
no decorrer de 1990.
O
governo, também, passou a incentivar por meio de incentivos fiscais e
privatização das empresas estatais, os investimentos externos no Brasil. Com a
rapidez da abertura da economia brasileira, muitos empresas nacionais não se
adaptaram a nova regra: “é melhor vender do que falir”. Em apenas uma década as
multinacionais dobraram sua participação na economia brasileira, passaram a
comprar algumas empresas nacionais ou se associaram a elas.
As
multinacionais investem principalmente em tecnologia, contribuindo para a
geração de cortes de empregos. De uma maneira geral, nos setores em que ocorreu
a privatização, diminuíram os empregos e as condições de trabalho pioraram.
Na
mesma proporção da abertura do mercado o desemprego aumentou, e a possibilidade
de voltar ao mercado de trabalho fica cada vez mais distante, pois as vagas vão
sendo preenchidas pelas novas tecnologias de produção e sistemas
informatizados.
Mesmo
com a abertura de postos de trabalho em setores que mostraram crescimento, como
turismo, publicidade, telefonia, não compensaram os que foram fechados. Poucos
países adotaram amplamente as ideias neoliberais, e ingressaram de foram plenas
no processo de globalização. Isso ocorreu penas em alguns países da América
latina, co por exemplo o Brasil. Outros países, como a China e Índia,
preferiram mais restrita e gradual, exigindo a instalação de indústrias em
setores estratégicos e em associações com empresas nacionais.
A
partir do final do século XX, as mudanças estão sendo tão intensas que
trabalhadores e empresas ainda estão tentando se adaptar a nova realidade.
A
privatização das empresas permanecia no centro dessas mudanças. Mas outras
mudanças ocorriam no Brasil, como a concessão para explorar os sistemas de
transporte, o fim da proibição da participação de empresas estrangeiras nos
setores de comunicações e o fim do monopólio da Petrobrás para exploração de
petróleo.
Alegavam
que as empresas estatais estavam endividadas, e só davam prejuízos,
sobrevivendo apenas com a ajuda de subsídios do governo. Em alguns casos essa
afirmação era verdadeira, mas em outras não, e foi nessas que ocorreram as maiores
privatizações. Como por exemplo, o Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica
Nacional, que, apesar de terem altas dívidas, davam bastante lucro ao Brasil, e
tinham condições de cumprir os seus compromissos financeiros.
A
privatização sofreu inúmeras críticas. Por exemplo: parte do dinheiro foi
emprestado pelos cofres públicos, para a privatização, através do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alem disso, para atrair
compradores, pagar as dívidas das empresas, elevou-se as tarifas de telefonia e
energia.
Com
a privatização de setores estratégicos, o Brasil, passou a se caracterizar por
um processo de desnacionalização da economia. Em meados do século XXI, entre as
500 maiores emersas do mundo, 400 estavam instaladas no Brasil. A ampliação das
empresas estrangeiras, e da presença do capital estrangeiro não ajudou em
elevar as taxas de crescimento econômico. O que ocorreu foi simplesmente a
substituição da empresa nacional pelo capital estrangeiro.
Multinacionais
brasileiras
As
empresas brasileiras também tem participação em investimentos externos, e estão
presentes em outros países. Em uma década o numero de empresas brasileiras em
outros países elevou 500%. Em 2001, havia 350 empresas instaladas no exterior.
Apesar
desse aumento da participação do Brasil no comércio mundial, ela continua sendo
reduzida. A participação do Brasil representa cerca de 1% de todas as
transações que ocorrem no mundo. As exportações brasileiras são: café, açúcar,
minério de ferro e outros produtos que possuem baixo valor comercial. Por outro
lado, as importações do Brasil são bens de consumo de alta tecnologia, e
possuem valor elevado.
Os produtos brasileiros ainda precisam entrar as medidas protecionistas dos países desenvolvidos. Por exemplo: a agropecuária, que se tornou bem competitiva, tem dificuldades para entrar nos Estados Unidos, Japão e União Européia. Nesses países os produtos recebem taxas até ficaram com um preço elevado, e os agricultores locais recebem subsídios que são proibidos pelas regras da OMC.
O
Brasil no Mercosul
As
relações comerciais entre do Mercosul, tiveram avanços e vários projetos de
infra-estrutura, que começaram a ser desenvolvidos com o aumento desse mercado.
Os países que fazem parte do Mercosul, representam cerca de 42% da população da
América do Sul, e mais da metade do valor da economia que é produzida nesta
parte do continente.
Junto
com a Bolívia, que teve participação no Mercosul como membro-associado a uma
zono de livre comercio, o Brasil construiu o maior gasoduto da América latina,
que liga a Bolívia aos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
Em
1999, passou a surgir algumas divergências entre Brasil e Argentina. Devido a
crise econômica, principalmente na Argentina, fez com que o comércio dentro do
bloco sofresse uma queda. Apesar de ser uma união aduaneira, o Mercosul, tem
apresentado ser semelhante a uma integração de uma zona de livre comércio.
REFERÊNCIAS
BRASIL ESCOLA. Globalização . Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/globalizacao.htm. Acesso em: 11 jun.
2021.
JUS. Perspectivas do Brasil no mundo globalizado: dialogando o direito
comunitário.. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/29417/perspectivas-do-brasil-no-mundo-globalizado-dialogando-o-direito-comunitario.
Acesso em: 11 jun. 2021.
MUNDO GLOBALIZAÇÃO. Globalização no Brasil. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/globalizacao-no-brasil.htm. Acesso
em: 11 jun. 2021.
Comentários
Postar um comentário